Os diversos tipos de vinhos possuem algumas classificações, que nos ajudam a entender o que diferencia um do outro. Uma destas classificações é em relação à quantidade de açúcar residual, ou seja, do açúcar que permanece no vinho depois da fermentação e de finalizado o processo de vinificação.
Já prestou atenção, por exemplo, nas informações do rótulo em que uma delas sempre aponta se o vinho é seco, meio-seco, doce ou suave, e no caso dos frisantes e espumantes, a classificação é diferente, sendo: nature, extra-brut, brut, seco, demi-sec ou doce?
Entenda um pouco mais a classificação dos vinhos:
Vinho Doce
É o vinho verdadeiramente doce, feito apenas com açúcar natural da uva que permanece após a fermentação, e por isso, não é totalmente transformado em álcool.
O vinho doce é o vinho que as pessoas estão mais acostumadas a beber. Eles são conhecidos como vinhos de sobremesa.
Essa bebida é produzida com frutos que possuem alto grau de açúcar devido à Botrytis Cinerea, um fungo comum na região francesa que deixa a casca da uva porosa, possibilitando a drenagem natural da água e concentração de açúcares e sabores. O vinho doce também pode ser produzido com outras técnicas como:
Appassimento: as uvas são desidratadas parcialmente, antes de serem levadas à prensagem.
Colheita tardia: as uvas amadurecem por mais tempo, acumulando uma quantidade maior de açúcar natural na fruta.
Esse vinho tem maior teor alcoólico e são servidos, normalmente, em taças menores.
Vinho suave
O termo também pode ser usado para falar das bebidas feitas com uvas de mesa, conhecidas como uvas não viníferas.
As não viníferas, embora proibidas para produzir vinhos certificados em países europeus, podem ser utilizadas para produzir vinhos sem certificação nos países do Novo Mundo.
Essas uvas são conhecidas como Vitis Labrusca, que apesar de não serem aproveitadas para a produção de vinhos finos, quando bem manuseadas podem gerar vinhos de alta qualidade, com é o caso das uvas Niágara, Lorena e Goethe.
Portanto, a nomenclatura “suave” em um rótulo serve para mostrar que, ao contrário do vinho seco, ele é doce. Mas também podemos usá-la para descrever características do rótulo. Quando procuramos uma bebida macia e fácil de beber, há também quem use o termo “suave” para descrever a textura mais leve e aveludada de alguns vinhos.
Vinho seco
Também chamados de vinho fino ou de mesa, é o vinho em que não há adição de açúcar. Durante o processo de vinificação, especialmente durante a fermentação, todo o açúcar, ou pelo menos a maior parte, é transformada em álcool, fazendo com que o teor residual de açúcar seja baixo e praticamente imperceptível ao paladar.
Por não haver a adição de açúcar, os vinhos secos possibilitam uma percepção maior dos sabores e aromas, pois o açúcar interfere na identificação destas características na boca e no nariz. Essa bebida é elaborada com uvas da família vitis vinífera, que são uvas nobres, destinadas especificamente para a produção de vinhos como Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Sauvignon Blanc, Chardonnay, entre outras.
Vinho meio-seco
Ele é uma alternativa para agradar o paladar de quem ainda não se adaptou com o seco ou suave.
O vinho meio seco oferece um alto teor de açúcar residual. Isso considerando o açúcar da uva.
Alguns vinhos com essa característica são mais frutados, com sabor de frutas maduras. Esse tipo de vinho apresenta mais maciez e delicadeza no paladar.
No Brasil, a classificação quanto ao teor de açúcar no vinho traz as seguintes quantidades:
Secos: até 4 gramas de açúcar por litro
Meio seco: de 4,1 a 25 gramas de açúcar por litro
Suaves ou doces: de 25,1 a 80 gramas de açúcar por litro
Vinho licoroso: é considerado seco quando tem até 20 gramas de açúcar por litro e doce quando o índice é superior a 20 gramas por litro.
Frisantes e espumantes
Nature: até 3 gramas de açúcar por litro
Extra-brut: de 3 a 8 gramas de açúcar por litro
Brut: de 8 a 15 gramas de açúcar por litro
Seco: de 15 a 20 gramas de açúcar por litro
Demi-sec: de 20 a 60 gramas de açúcar por litro
Doce: a partir de 60 gramas de açúcar por litro
Essa legislação varia de país em país. Por isso, é possível que um vinho considerado meio-seco no Brasil seja classificado como vinho seco na Itália e França, por exemplo.Se o vinho é seco, meio-seco, doce ou suave o que vale é experimentar e escolher a sua preferência. Aproveite para ler também sobre: Conheça sete tipos de vinho e a diferença entre cada um deles