O vinho é uma bebida muito democrática. Os diversos tipos e características trazem consigo, a história da nossa sociedade. Por ter atravessado civilizações é uma bebida de tradição milenar, o que torna o vinho ainda mais interessante.
Para entender essa complexidade histórica, é importante saber que as regiões produtoras de vinhos estão divididas em dois blocos: velho mundo e novo mundo.
Você deve estar pensando: o que isso significa?
Vamos lá…. Os termos velho e novo mundo foram adotados no final do século XX, com o objetivo de informar a origem dos vinhos produzidos, fazendo referência a países que têm registros históricos mais antigos sobre a produção de vinhos, e no outro, os países que estão apenas começando a contar a sua história.
Países produtores de vinhos, pertencentes a cada grupo:
Velho mundo
São bebidas feitas nas regiões da Europa, em países como França, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal.
Porém, também é correto citar outros países que têm tradição na produção de vinhos e no cultivo de uvas, como a Turquia, Grécia, Geórgia, sul da Inglaterra, Croácia, Bélgica, Malta, Moldova, Rússia, Ucrânia, Armênia e Oriente Médio.
Novo Mundo
A história dos vinhos do novo mundo começa a ser contada a partir dos anos 1500, com as colonizações. Os países com mais tradição na produção dos vinhos do novo mundo são: África do Sul, Estados Unidos, Argentina, Nova Zelândia, Austrália, Chile, Uruguai e Brasil.
Diferença dos vinhos do velho e novo mundo:
– O velho mundo apresenta temperatura mais fria no decorrer do ano, enquanto os países do novo mundo têm bastante interferência de temperaturas mais altas;
– No velho mundo são vinhos com mais acidez, sabores intensos, teor alcoólico na medida, taninos macios e coloração elegante;
– No novo mundo são menos ácidos, sabores mais frutados, coloração mais intensa e concentrada, em contrapartida, o teor alcoólico é mais alto, por causa da maturação das uvas que se desenvolvem em clima quente;
– Os produtores do novo mundo tem por objetivo que seus vinhos sejam consumidos mais jovens;
– Os vinhos do velho mundo tendem a ser mais estruturados, sérios e formais. São rótulos pensados para amadurecer na garrafa por muitos anos;
– O terroir é um dos principais pilares na elaboração dos vinhos no velho mundo. Os produtores locais utilizam os seus conhecimentos técnicos sobre as peculiaridades de cada local, garantindo que a matéria-prima seja a melhor possível, originando em vinhos de altíssima qualidade;
– A elaboração dos vinhos do novo mundo une algumas porções da tradição clássica, repassada pelos colonizadores, com a tecnologia e inovação;
– Os vinhos do novo mundo também são mais flexíveis, pois não há regras específicas para vinícolas. No velho mundo o principal objetivo é manter a tradição e a origem;
– Diferente dos vinhos do velho mundo, onde as regiões produtoras são destacadas no rótulo, no novo mundo é o nome das uvas que costuma estar em destaque nos rótulos.
Confira as regiões produtoras de vinho, mais clássicas do velho mundo:
Borgonha: conhecida pelos sofisticados vinhos franceses Pinot Noir e Chardonnay.
Rhône: localizada no sul da França onde se destaca a produção dos vinhos Syrah.
Piemonte: é berço de tradicionais vinhos italianos. A uva que mais se destaca aqui é a tinta Nebbiolo.
Toscana: também na Itália, se destaca na produção do Chianti, além do famoso Brunello di Montalcino.
Rioja: no norte da Espanha, se destaca pela produção dos vinhos Tempranillo.
Douro: os vinhos do porto são elaborados com uvas cultivadas no Douro, e apenas armazenados na região do Porto, em Portugal. A Toriga Nacional é a uva mais conhecida na produção dos vinhos do Porto.
No novo mundo, as castas mais representativas na produção de vinho são:
– Carona;
– Syrah;
– Cabernet Sauvignon;
– Tempranillo;
– Carménère;
– Merlot;
– Sauvignon Blanc;
– Malbec;
– Riesling.
Gostou das informações sobre a produção de vinhos nos mais variados países? Nada melhor agora que você se aventurar pelos vinhos do velho e novo mundo, buscando se atentar para a história, as características e sabores diferenciados. Com certeza, será muito prazeroso descobrir tantos detalhes e aromas por trás de uma garrafa de vinho.
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